AOS QUE ACREDITAM QUE, POR TER ASAS,
ESTÃO FADADOS AO VÔO INCESSANTE: iludem-se. Sei de um sabiá de asas imponentes,
do desclichê e do desvencilhamento. Tomava os céus e seu pouso era
ondebemquisesseeviesse. Conheceu um beija-flor, que nem no codinome, que lhe
fez voar com ele para não voltar, lhe tomando pelos braços e mudando sua
trajetória. A sensação era maravilhosa, mas vestia asas de Ícaro. E cansou
sozinha, sucumbiu sozinha e caiu sozinha. O beija-flor? Levanta o vôo outra
vez, desperdiçando o mel que era pra ser nosso, me deixando o fel engasgado na
garganta.
Jhade Borges - Graduanda em Letras Vernáculas com uma Língua Estrangeira - Turma 3
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