Agradar prontamente,
dar ordens intermitentes, não querer filho doente, ouvir sugestões dos outros,
deixar os filhos soltos, dialogar sempre, às vezes, conseguir abraçar todos os ideais
filiais. Quem é a mamãe?
É a submissa que nunca, nunca se irrita?
É a autoritária que tem voz de comando, rígida e autoritária trazendo sua
“tropa em frente, marchem!”? Ou a que deixa os filhos em casa com a babá para
ir a um “vernissage”? Quem sabe?
Podemos encontrá-la nos lugares mais
díspares, nos horários mais inusitados, a fazer algo que não se imagina: Só
mãe! Pode estar em casa, no portão da escola, na hora de acordar e também, às
sete da manhã, na farmácia, atrás daquele xaropinho para a tosse que pode
aparecer, pois chegou o inverno; no sapateiro, ao meio-dia e meia para pegar
aquele tênis que foi colocado para costurar porque, “Pérola” mordeu (Ah...
Pérola... cadela esfomeada que nos acompanha há... anos.)
Identificar um tipo
de mãe é mistéééééério. Quem mora com ela desde que nasceu e esqueceu que aos TRINTA já está complicado deixar a
cargo dela tudo que mais lhe pertence, já percebeu que mãe ADOOOOOOOOOOOOOORA
cuidar de filho. Homem, então... E, salvo, aquelas que têm um perfil mais “society”, moderna, permissiva, você
pertencerá a uma sádica, mãezona, supermãe, chantagista, mãe do santo, estrela
e, pense, estará “alimentando a cuidadora espirituosa da sua caverna de
solteirão!”.
Às vezes, ela se esquece da própria
saúde, cuidado pessoal, almoço, roupa e quem sabe de fazer a viagem dos sonhos
de Natal para cuidar do “FILHÃO”!
Bem,
pensando com distanciamento, toda mãe é um misto de carinho, cuidado, amor e
exagero. Só que não precisamos pensar muito em separar como ela é daquilo que
queremos que ela seja, se ela é NOSSA! Dá pra separar?
Mônica Pedreira - Graduanda em Letras Vernáculas -Turma 3
Adorei a crônica! A nossas mães, tão próprias mas tão iguais... É um bom tema para se aproximar da universalidade. A autora brinca com a linguagem e conversa com o leitor por isso caracteriza-se como uma crônica poema.
ResponderExcluirLegal a crônica poética e sua temática. O universo das mães realmente é infinito!
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