Quando
eu tinha aproximadamente 2 anos de idade, na minha cidade, o metrô começou a
ser construído. Era uma promessa de avanço para os soteropolitanos no novo milênio.
Sim, era início dos anos 2000. Eu, e mais um montão de gente que nasceu na
mesma época, passei a minha infância e adolescência ouvindo falar no tal metrô.
Lá
em casa era motivo de piada. Na casa de muita gente, eu suponho. Tinha aqueles
que chamavam de “jardim suspenso da Bonocô”. Ótima piada. A gente precisa
procurar um motivo pra rir das nossas desventuras, se não a vida fica sem
graça, né?
Eu
nunca tinha visto, nem ouvido falar de uma enrolação tão grande quanto a
construção desse negócio. Tanto roubo, tanta demora... Ora a culpa era do
governador, ora a culpa era do prefeito.
Só
depois de 14 anos foi que vimos esse trem andar de verdade. Pense numa alegria!
A gente até esqueceu que demorou tanto. Eu mesma ando pra cima e pra baixo de
metrô. Vou reclamar de quê, né?
Taíne Rabelo –
Graduanda em Letras Vernáculas com uma Língua – Turma 3
Boa crônica do tipo reportagem. Interessante como transforma a crítica em um tom humorístico. Linguagem fluida, clara e agradável. Apenas acho que a foto poderia ser mais representativa, já que a utilizada enquadra boa parte da estrada, retirando o destaque do metrô. Aliás, talvez um leitor que não saiba que a construção ao centro se trata de uma estação de metrô não possa fazer uma relação imagística. Também não compreendi muito bem a escolha do título (seria pela demora para a finalização da obra?).
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